sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Come back when you can (...)

Seu amor. Indeciso, soa como o vento que bate nos meus cabelos. E pelo vento, pelo soar do vento, sinto que estou viva. É lamentavel quando se ama assim, é abandonar a propria alma, mas é extraordinário, deixa-la para dividi-la com alguém, e pelo espaço de tempo que tenho tentado aceitar quem eu sou, você, vento de mim, sonho do meu sono preferido, resurge pra me fazer sorrir, pra me fazer chorar, por não saber o que é querer você, como querer, como desejar. Se eu soubesse, se naquele dia eu tivesse tocado você mais uma vez, eu saberia o que estava vivendo e o que eu tenho vivido. Eu tenho medo, eu te amo. Eu tenho medo, de você me querer o bastante pra ficar sem mim. Não me deixe ir, estou aqui. Estou aqui, não me deixe ir. Então, não pode dizer que me ama e que me quer longe, por que eu esperei por você uma centena de anos e por algum motivo idiota de amar, esperaria por mais mil. Estou inteira amor, estou inteira, ilesa, sua, pura. Outra vez. Então me pegue, me surja como poesia, poema em cada momento, instante prosa. Me mova, eu sinto sua falta.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

01/05/12

A garota do quarto andar não parece querer mais algumas pessoas. Quer e não quer, como um ioiô sem fim. Fantasia? Talvez. Mas estranho é o desejo de não ser desejado mais.
05/06/12

A velhinha que passa por mim todos os dias na caminhada pareceu mais triste, o seu olhar para os pés mais forte. Pensei, que ela talvez tivesse medo da idade, ou do fim, ou se quer da luz do sol, do novo amanha. Teus cabelos brancos curtos pareceram nuvem no ar. Talvez ela tenha descoberto que a vida vale a pena, tarde demais.

11/06/12
Rota 07

O cara gordo que tentou e conseguiu passar na roleta do onibus pareceu frustrado, irritado e triste com o cobrador que duvidou que ele conseguiria. A falta de fé no ser humano, me arrepia.

domingo, 20 de maio de 2012

Tell me, Anna.

Anna é assim, depois que ama, costuma achar ridiculo aquele que amou! Frase sábia, como culpar o amor? Parece idiota, parece complacente. Dá vontade de dançar junto e querer ficar pra sempre, apesar de tudo isso parecer idiota, sempre haverá uma vantagem, os corações serão os mesmos, e Anna... Anna sabe disto.

Parece, e outras coisas.

Você tem estragado a minha vida, tem me feito perder o sono, eu vejo flores em você, todas as cores envolve o seu corpo, não é lindo, você está morrendo e eu tenho te enterrado com alegria, por meu peito ter mil quilos a menos, por meus olhos não pesarem, por minhas pernas não calambiarem, e as coisas... as coisas são diferentes. Você não assombra as minhas noites, meu sono parece ser tranquilo, tagarelo durante o jantar, sonho durante o banho, a agua agora está quente, as estrelas estão coloridas no céu azul sem fim, e eu? Eu agradeço por poder molhar meu rosto, por limpar minha face dos segredos teus, dos desejos teus. O que eu tenho feito? Tenho vivido, agora e sempre (...)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mulher tatuada

Noita linda, gelada, corpos nus numa sintonia meliantemente perfeita. Teu corpo no meu corpo, meus olhos fixados nos seios de uma quase manhã, teus toques, teus suspiros. Minhas mãos deslizando no desejo sem fim, mas eu não sei, não estou acostumada com pouco amor, com pouco rancor, com pouca vida. Com ou sem sentido, tudo parecia ter motivo para acontecer. Mas eu não sei, aquela mulher, do quarto andar, da maquiagem azul e tatuagens me deixa sem folego, sem animo, com uma vontade sobrehumana poeticamente. Continuando sem saber, deixo acontecer, sem brisa, sem razão, sem sol algum aparente, apenas uma canção tocando entre olhares, apenas um vinho seco entre as mãos e tudo.. tudo era apenas um piano sem notas, um violão sem cordas, e parecia estar no ritmo perfeito, com pausa, e eu continuo sentindo em mim, todas as tuas vontades, teus desejos percorrendo meu corpo, e nada, nada é o que parece ser (...)