domingo, 20 de maio de 2012

Tell me, Anna.

Anna é assim, depois que ama, costuma achar ridiculo aquele que amou! Frase sábia, como culpar o amor? Parece idiota, parece complacente. Dá vontade de dançar junto e querer ficar pra sempre, apesar de tudo isso parecer idiota, sempre haverá uma vantagem, os corações serão os mesmos, e Anna... Anna sabe disto.

Parece, e outras coisas.

Você tem estragado a minha vida, tem me feito perder o sono, eu vejo flores em você, todas as cores envolve o seu corpo, não é lindo, você está morrendo e eu tenho te enterrado com alegria, por meu peito ter mil quilos a menos, por meus olhos não pesarem, por minhas pernas não calambiarem, e as coisas... as coisas são diferentes. Você não assombra as minhas noites, meu sono parece ser tranquilo, tagarelo durante o jantar, sonho durante o banho, a agua agora está quente, as estrelas estão coloridas no céu azul sem fim, e eu? Eu agradeço por poder molhar meu rosto, por limpar minha face dos segredos teus, dos desejos teus. O que eu tenho feito? Tenho vivido, agora e sempre (...)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mulher tatuada

Noita linda, gelada, corpos nus numa sintonia meliantemente perfeita. Teu corpo no meu corpo, meus olhos fixados nos seios de uma quase manhã, teus toques, teus suspiros. Minhas mãos deslizando no desejo sem fim, mas eu não sei, não estou acostumada com pouco amor, com pouco rancor, com pouca vida. Com ou sem sentido, tudo parecia ter motivo para acontecer. Mas eu não sei, aquela mulher, do quarto andar, da maquiagem azul e tatuagens me deixa sem folego, sem animo, com uma vontade sobrehumana poeticamente. Continuando sem saber, deixo acontecer, sem brisa, sem razão, sem sol algum aparente, apenas uma canção tocando entre olhares, apenas um vinho seco entre as mãos e tudo.. tudo era apenas um piano sem notas, um violão sem cordas, e parecia estar no ritmo perfeito, com pausa, e eu continuo sentindo em mim, todas as tuas vontades, teus desejos percorrendo meu corpo, e nada, nada é o que parece ser (...)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Arco-Íris


Enquanto o tempo passa e eu sempre me perco nas vontades de te escrever alguma coisa, percebo que chegou a hora, não escrevo por obrigação, por dever, escrevo por que sinto e sinto muito a teu respeito, as palavras devem ser ditas assim, quando sentimos.
Enquanto as abelhas do teu corpo sugam teu mel, eu entendo que não deve haver melhor sabor. Enquanto as borboletas do teu pé flutuam, eu entendo que já encontram sua própria casa, seu próprio jardim.
Você quando se veste de vermelho, se veste de amor, quando se veste de preto, se veste de rancor, quando se veste de amarelo me lembro da menina que habita em você, com um pirulito gigante na mão dizendo que há perigo, que há medo ou confusão se esquecendo de todas as mãos que estão ao seu redor. Você com tantas cores e sabores, e quando passa perto das flores parece que elas querem te roubar. Teu peito transborda sonhos, por isso você parece ter o sono pesado e dentro da sua mente há uma inundação de pensamentos bons e importantes.
Então, é tudo muito natural, basta você não ter medo, não perder a coragem e nem a motivação. Trate apenas de cuidar e preservar as cores de suas asas e você sempre verá as estrelas, quando quiser (...)
Uma vez eu queria ser a melhor, nenhum vento ou cachoeira poderiam me deter e depois veio a agitação de uma inundação, estrelas da noite se tornaram um pó profundo. Funda-me. Dentro de uma grande armadura preta. Não deixe traços de graça. Apenas na sua honra. Reduza-me. Para o culpado do sul. Façam-os lavar um espaço na cidade para a liderança e as fezes na minha cama, eu estive dormindo. Reduza-me. Me alfinete. Segura no chão. Para o próximo desfile (....)


Cat Power - The Greatest

terça-feira, 8 de maio de 2012

Cidade de Inverno

Dormi nos bancos em frente ao portão de embarque onze de congonhas, esperei o voo por quatro horas pensando no momento mágico que seria ver você, ter você. Passei frio chegando em Porto Alegre por ser desinformada, tomei um belo banho gelado de chuva, peguei o taxi errado, para o rumo certo. Emagreci seis kilos em um hotel que servia carne até no feijão. Conheci o centro de Esteio, conversei com estranhos, fui paquerada em uma lanchanote, entrei em uma padaria em vão procurando por pão de queijo. Me assustei com a primeira vez em um trem. Conheci a mulher mais linda da cidade de inverno, cidade dos sonhos, dois graus negativos. Bochechas vermelhas, pes encolhidos, fumaça quente saindo pela boca. Meus olhos nos olhos de uma menina timida demais para ser tão bela, um beijo gracioso, uma palavra chamada amor, quase não dita, um encontro despretensioso de corpos nus embaraçado em sentimentos fortes, o desconsolo do adeus, da partida não dita em palavras, nem em gestos. Conheci a mulher que me deixou sem pernas, sem ar, sem pulmão, com calor, conheci a mulher que veio para ir embora, para sair correndo, nossas almas estão no mesmo caminho, mas nunca serão atropeladas pelo mesmo trem (...)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Teus olhos nos meus olhos, antes de ir.

Paredes sem fim, buracos na alma gritando para sair. Palavras molhadas saindo da boca, jorrando atenção e pleonasmo. As vezes, o sol ainda queima. As vezes, a lua ainda brilha, as estrelas continuam no mesmo lugar. Sem arrepios, sem medo. O coração lateja com pudor, com receio, bate de rancor, dores letras sussurradas para quem escuta. Tu me olha como se fosse ontem, tu me deseja como se fosse nunca, partiremos para uma mesma direção, mas nunca nos encontraremos no mesmo fim. Teus olhos são infortunios, tua boca mescla na minha, teu orgulho se esbarra em vidros, pedaços de sentimentos estranhos ao chão. Um cometa se lança a nós. Eu sinto em mim, todas as cicatrizes do seu coração (...)



 Estar perto não é físico!

Imagine me and you!




 - Não se esqueça de mim!
 - Eu não me lembraria de outra coisa!
-Não tenha medo, você pode fazer o que quiser.
- Adeus!